quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Simplesmente brilhante

Algumas colunas...

De arrepiar!!! De espetaculares, é claro! Eu não consigo nem defini-las!

T0das do site OEco!


http://www.oeco.com.br/fernando-fernandez/45-fernando-fernandez/19894-por-que-conservar-a-natureza-afinal


http://www.oeco.com.br/marc-dourojeanni/42-marc-dourojeanni/16417-oeco_22206


http://www.oeco.com.br/fernando-fernandez/45-fernando-fernandez/18370-oeco_17579


http://www.oeco.com.br/fernando-fernandez/45-fernando-fernandez/19533-a-educacao-ambiental-de-andy


http://www.oeco.com.br/fernando-fernandez/45-fernando-fernandez/18373-oeco_27232


http://www.oeco.com.br/fernando-fernandez/45-fernando-fernandez/18374-oeco_27853


http://www.oeco.com.br/fernando-fernandez/45-fernando-fernandez/19268-extincoes-naturais-ou-causadas-por-nos

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Discussão Animal - Muito boa!

"Todos os cães vão para o paraíso"

"Apenas os humanos vão para o paraíso. Leia a bíblia"

"Deus ama todas as criaturas, incluindo os cães"

"Cães não têm alma. Isso não está aberto a discussão"

"Cães católicos vão para o paraíso. Cães presbiterianos podem conversar com seus pastores"

"A conversão ao catolicismo não concede, por mágica, uma alma ao seu cão"

"Liberta a alma dos cães com a conversão"

"Cães são animais. Não há nenhuma pedra no paraíso também"



"Todas as pedras vão para o paraíso"

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Por quê?

POR QUE NÃO VÃO DEFENDER AS CRIANÇAS COM FOME???
por Francisco José Papi

Questão interessante. Vamos ver se essa eu consigo responder de modo tão didático quanto a anterior.

Primeiro: com esse fraseado você admite que existem dois tipos de pessoas no mundo, as Pessoas Que Ajudam e as Pessoas Que Não Ajudam.

Além disso, admite também que você faz parte das Pessoas Que Não Ajudam; afinal, do contrário, você diria algo do tipo "Por que não me ajudam a defender as crianças com fome?", ou "Venham defender comigo as crianças com fome!", ou "Não, obrigada, vou defender as crianças com fome".

Então você se coloca claramente através de sua escolha de palavras como uma Pessoa Que Não Ajuda.

Ora, é curioso que você, Pessoa Que Não Ajuda, não faça nenhum esforço para ajudar, mas sim para tentar dirigir as ações das Pessoas Que Ajudam para onde você quer que elas vão.

É bastante interessante; se eu fosse até sua casa organizar sua vida financeira sob a alegação de que eu sei muito mais sobre administração familiar eu estaria interferindo, mas você se sente no direito de interferir nas ações que uma pessoa resolve tomar para aliviar os problemas que ela encontra ao seu redor.

Você é uma Pessoa Que Não Ajuda, mas ainda assim quer decidir quem merece ajuda das pessoas Que Ajudam.

O nome disso é "prepotência".

Segundo: Pessoas Que Ajudam nunca vão ajudar as "crianças com fome".

Nem tampouco os "velhos", os "doentes" ou os "despossuídos".

E sabe por que? Porque "crianças com fome" ou "velhos" ou qualquer outro destes é abstrato demais.

Não têm face, não são ninguém; são figuras de retóricas de quem gosta de comentar sobre o estado do mundo atual enquanto beberica seu uisquezinho no conforto de sua casa.

Pessoas Que Ajudam agem em cima do que existe, do que elas podem ver, do que lhes chama naquele momento.

Elas não ajudam "os velhos"; elas ajudam "os velhos do asilo X com 50,00 reais por mês".

Elas não ajudam "as crianças com fome"; elas ajudam "as crianças do orfanato Y com a conta do supermercado".

Elas não ajudam "os doentes"; elas ajudam o "Instituto da Doença Z com uma tarde por semana contando histórias aos pacientes".

Pessoas Que Ajudam não ficam esperando esses seres vagos e difusos como as "crianças com fome" baterem na porta da sua casa e perguntar se elas podem lhe ajudar.

Pessoas Que Ajudam vão atrás de questões muito mais pontuais.

Pessoas Que Ajudam cobram das autoridades punição contra quem maltrata uma cadela indefesa sem motivo.

Pessoas Que Ajudam dão auxílio a um pai de família que perdeu o emprego e não tem como sustentar seus filhos por um tempo.

Pessoas Que Ajudam tiram satisfação de quem persegue uma velhinha no meio da rua.

Pessoas Que Ajudam dão aulas de inglês de graça para crianças de um bairro pobre.

Pessoas Que Ajudam levantam fundos para que alguém com uma doença rara possa ir se tratar no exterior.

Pessoas Que Ajudam não fogem da raia quando vêem QUALQUER COISA onde elas possam ser úteis.

Quem se preocupa com algo tão difuso e sem cara como as "crianças com fome" são as Pessoas Que Não Ajudam.

Terceiro: Pessoas Que Ajudam são incrivelmente multitarefa, ao contrário da preocupação que as Pessoas Que Não Ajudam manifestam a seu respeito.

(Preocupação até justificada porque, afinal, quem nunca faz nada realmente deve achar que é muito difícil fazer alguma coisa, que dirá várias).

O fato de uma pessoa Que Ajuda se preocupar com a punição de quem burlou a lei e torturou inutilmente uma cadela não significa que ela forçosamente comeu o cérebro de crianças pequenas no café da manhã.

Não existe uma disputa de facções entre Pessoas Que Ajudam do tipo "humanos versus animais".

Geralmente as Pessoas Que Ajudam, até por estarem em menor número, ajudam várias causas ao mesmo tempo.

Elas vão onde precisam estar; portanto muitas das Pessoas Que Ajudam que acham importante fazer valer a lei no caso de maus-tratos a um animal são pessoas que ao mesmo tempo doam sangue, fazem trabalho voluntário, levantam fundos, são gentis com os menos privilegiados e batalham por condições melhores de vida para aqueles que não conseguem fazê-lo sozinhos.

Talvez você não saiba porque, afinal, as Pessoas Que Ajudam não saem alardeando por aí quando precisam de assinaturas para dobrar a pena para quem comete atrocidades contra animais que estão fazendo todas estas outras coisas, quase que diariamente.

E acho que é por isso que você pensa que se elas estão lutando por uma causa que você "não curte", elas não estão fazendo outras pequenas ou grandes ações para os diversos outros problemas que elas vêem no mundo.

Elas estão, sim.

E se fazem ouvir como podem, porque sempre tem uma Pessoa Que Não Ajuda no meio para dar pitaco.

Então, como diria meu avô, "muito ajuda quem não atrapalha".

Porque a gente já tem muito trabalho ajudando a Preta e todas as outras pessoas e animais que precisam (algumas até poderiam ser chamadas tecnicamente de "crianças com fome", se assim você prefere).

Espero que isso tenha respondido à sua questão.

(este texto pode e deve ser reproduzido)

Escrito em 13.04.2005.

Especial

Estou cansada de sempre ter que renovar meus valores, ratificar meus posicionamentos e sempre ter que provar minha função.

Sou bióloga, com muito orgulho, mas antes de tudo, sou humanista, sou ser humano, passível de erros e sensível a quase tudo.

Quase!

Quero mudar o mundo!

E minhas ambições são todas iguais ou maiores que isso.

E não me contento com a mediocridade, muito menos a minha.

Quero ser melhor, quero buscar o melhor para mim e quero modificar cabeças, quero transformar universos e quero tentar conscientizar as pessoas, de alguma forma.

O único porém é que não consigo mudar nem mesmo as pessoas mais próximas a mim, quem dirá as distantes.

Ser levada a sério é tarefa surpreendentemente difícil.

Principalmente sevocê considera isso o limite entre sobreviver nessa selva de pedras ou não.

Estou cansada de ter que provar o meu valor.

Como ser humano, como profissional, como filha, como amiga, como irmã, como pessoa.

Não é porque tenho formação nas ciências que vou resolver o problema de todo o mundo.

Não é isso.

Não é também porque sou formada em uma área ligada ao meio ambiente, porque sou ambientalista, ecologista, amiga dos animais, ativista, e as palavras que queiram dar, que vou segurar na mão de cada pessoa e lhe dizer o que é legal, o que é justo, o que não fere, o que não maltrata e o que não tortura pessoas, animais, plantas; o que tá acabando ou não com o planeta em que a gente vive, em que todos vivemos.

Não vou fazer isso.
Não tenho essa obrigação.

A obrigação é pessoal, o dever é de todos; e não só meu.

Não vou falar mais em experimentação animal; não vou falar nos milhões de animais que são mutilados, queimados, induzidos à fome, cegueira, câncer e milhares de coisas que só trazem sofrimento e humilhação - sim, humilhação porque são seres vivos, como nós.

Não vou falar mais em economia de energia, de água, de produtos e no quanto tudo isso muda, sim, ao contrário do que todos falam e pregam, a percepção e a atitude diante de tudo que nos rodeia.

Que isso muda, sim, a perspectiva futura, inclusive para aqueles que ainda não nasceram.

Não vou mais falar em desmatamento na Amazônia, não vou falar em como estamos acabando com todos os biomas e ecossistemas brasileiros, mundiais, somente porque nos omitimos da responsabilidade e nos eximimos da culpa -todos temos culpa!

Não vou falar nos limites da ciência, não falo mais.

Não falo mais em auto-limitação, aquela tão bem definida pelo Boff.

Não falo mais em controle populacional e nem na incapacidade moral do serhumano enquanto espécie.

Não falo nunca mais.

Não vou mencionar mais a ignorância humana quando mata ou tortura um servivo por prazer, por divertimento, por desconhecimento e desinformação, por folclore e superstição.

Não falo mais dessas sandices, não falo.

Deixo de falar em exploração animal - incluo a espécie humana e todas as outras (sim, somos animais, não importa o quão especial você se considera, somos apenas macacos!) - deixo de falar em tráfico humano, deixo de falar em rodeios, vaquejadas, deixo de falar em pedofilia, não falo mais em rinhas, não falo mais em coletas indiscriminadas de espécimes, não falo mais em corrupção e todas as mazelas que afligem o mundo.

Não vou mais reclamar do resto que alguém deixou no prato enquanto milhares morrem de fome.

Não vou me indignar com a quantidade de bens que consumimos (e me incluo, em determinados momentos) sem necessidade alguma.

Não faço mais nada disso.

Cada qual com a sua consciência, cada qual com a sua capacidade de mudar, de evoluir.

Cada um por si.

E é melhor repensar essa história de que deus está por todos.

Sou bióloga, gestora ambiental (apesar de não entender o que isso realmente significa), vegetariana (em vias de me tornar vegana) e uma primata (yes!) completamente estafada de toda a macacada que estamos fazendo no mundo.

P.S. Tudo aqui é, claro, uma grande mentira.
Não deixo nem deixarei de me indignar mais - todos os dias - e de falar - com muito mais freqüência -sobre tudo isso acima citado.

:)